A
Reciprocidade de Deus (Tg
4. 8-10)
Definição de reciprocidade: O que se
dá ou faz em recompensa de coisa equivalente. Mutualidade. Alguém faz do lado
de cá e alguém faz exatamente da mesma forma do lado de cá.
Rm 5. 20. Aqui mostra que até o
momento da salvação, não vemos Deus tratando o homem da mesma forma que o homem
trata Deus.
Mas a partir do momento da conversão, essa lei da
reciprocidade entra em vigor.
Tudo aquilo que você faz para Deus determina como
Deus vai agir com você.
E
essa é uma chave muito importante que precisamos entender na nossa caminhada
com Deus.
Porque alguns, por não entendê-la limitam a ação
de Deus na sua vida.
Creio que
você pode experimentar muito mais de Deus do que tem experimentado hoje, não
por decisão de Deus, mas porque você pode provocar isso.
Você pode decidir no seu coração se aproximar de
Deus, e essa sua decisão fará com que Deus também se aproxime de você.
Vejo
alguns pregando sobre oração e fé, violentando a soberania de Deus, quase querendo governar Deus, e não o contrário.
Por outro lado, alguns defendem tanto essa soberania
de Deus, que tentam anular a lei de reciprocidade. Vivem com um conceito
que tudo depende única e unilateralmente da parte de Deus.
Mas a
verdade é que nós podemos entrar em um lugar mais profundo em Deus porque
queremos. Podemos provocar manifestações de Deus em nossa vida.
E isso não violenta a soberania de Deus, porque
foi essa soberania que decidiu que fosse assim.
ATÊNÇÃO: Essa reciprocidade de Deus
afeta meu relacionamento com Deus, afeta minhas conquistas em Deus, mas não
afeta os planos e propósitos que Deus tem para cada um. Isso é decisão de Deus.
Tg 4. 13-15. Aqui nos
fala de ao invés de ficarmos fazendo planos e tomar decisões sozinhos, devemos
ter uma atitude de rendição e entrega.
Nós devemos buscar esse Governo de Deus e nos sujeitar a Ele, mas a
intensidade que vamos experimentar desse propósito será determinada pela nossa
atitude.
Alguns
princípios bíblicos sobre a Lei da Reciprocidade:
1.
Diz
respeito ao trato de Deus conosco
1 Sm 2. 30. Deus diz que fez uma
promessa a Arão e a Tribo de Levi, mas que estava encerrando essa promessa na
família de Eli.
Muitos
de nós estamos esperando que Deus faça algo do lado de lá, sem que façamos
alguma coisa do lado de cá.
Precisamos
ter entendimento desse tratar com Deus. Se O tratamos diferentes, seremos da
mesma forma tratados por Ele.
2 Cr 16. 9. Aqui nos fala que por Asa
ter buscado e confiado no homem, ele perdeu a guerra, e agora sua vida seria de
guerra em guerra.
Mas
eu quero chamar a atenção para a primeira parte do versículo, que diz que os
olhos do Senhor passa por toda a terra, procurando homens e mulheres que
confiam Nele.
Sl 18. 25-26.
Deus não faz acepção de pessoas, mas
faz acepção de atitudes.
Saber
que Deus nos ama de forma igual, é muito confortante. O problema é que algumas
pessoas ficam presas nisso, e não percebemos que Deus faz diferença de
atitudes.
2 Co 9. 6. A sua colheita não vai
acontecer pelo quanto Deus te ama. Mas pelo quanto você plantou.
Precisamos
entender o que nossas atitudes vão provocar em Deus e em nossa caminhada
cristã.
Deus
ama todos de forma igual, inclusive os que ainda não foram alcançados (Ef 2. 4-5).
Mas Deus não age na vida de cada crente baseado em
Seu amor, Ele não pode fazer isso por causa da Lei da Reciprocidade que Ele
estabeleceu. Portanto Deus age de acordo com a resposta que cada um dá.
Diferença entre ser amado por Deus e agradar a
Deus:
Nada do que eu faço de bom ou de errado
vai fazer o Senhor me amar mais ou menos. No entanto, a maneira como eu vivo,
determina se eu estou agradando a Deus ou não (Rm 8. 8/ 1 Ts 4. 1).
(Exemplo do filho que tira notas ruins na
escola, isso não muda nosso amor por ele, mas ele não está nos agradando)
(Exemplo do Apóstolo João que não era
tratado com mais amor por Jesus, mas suas atitudes agradavam mais ao Senhor,
por isso foi o mais íntimo)
Hb 11. 6.
Existe o crente ‘incrédulo’, que tem uma fé deficiente, e não agrada a Deus,
mas também não pode experimentar a manifestação do poder de Deus como aquele
que crê.
2.
Diz
respeito ao nosso trato com Ele
O
limite que você vai experimentar de Deus, não está em Deus, está em você.
Você
é o limite, você decide quanto vai ter de Deus. Você decide.
2 Re 13. 14-19. Jeoás limitou o poder de Deus em sua vida.
O limite não está em Deus, o limite está em nós.
Deus não
responde necessidades, Deus responde fé.
Muitos
podem pensar que isso é uma afronta ao amor de Deus.
Mas
a humanidade está perdida, precisando de salvação, há uma necessidade.
Por que
Deus não salva todo o mundo?
Romanos 3 diz que “pela
graça sois salvos mediante a fé”.
Até
para salvar, é necessário a reciprocidade de Deus.
Tudo que o homem experimenta da parte de Deus, é pela graça. Mas o que
não entendemos é que entramos na graça pela fé (Rm 5. 2).
A graça é
um grande depósito de Deus a nosso favor, mas só pode ser sacado pela fé.
O quanto você experimenta de Deus, depende do
quanto você consegue crer Nele.
A graça não age, mas reage.
Ez 47. 1-5.
O
problema é muitos de nós ficamos brincando na beira da água jogando água um no
outro, e não prosseguimos. Na verdade a grande maioria dos crentes estão nessa
primeira milha. Outros porque chegam um pouco mais fundo que os demais, param.
Tem gente que fica sonhando que um dia o rio vai vir encher a vida
dele, fica sonhando com uma enchente. Um dia ele vai acordar e o avivamento
chegou.
O que precisamos entender que é o homem que deve entrar no rio, e não
o rio vai vir invadir sua vida.
Você decide entrar, você decide quanta água você quer experimentar.
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